5 de novembro de 2008

Um drink!

Não entendo quem quer falar de amor o tempo todo.

Não pode ver um espacinho é já está lá, preenchendo todos os lugares com sonetos, pedaços de músicas do Jota Quest,corações e bordas floridas.
Dá me santa paciência!
Na maioria são as mulheres. Homens me pareceriam até meio gays nessa situação - acredito.
Junto com uma amiga minha, há tempo atrás, dizíamos que só há um homem ideal para as mulheres: Walker, Johnny Walker.
Corremos a vida toda atrás do salvador e galanteador Johnny; quando temos 17 anos, recorremos a ele para envelhecer, aos 45, para esquecer, e aos 78, para morrer.

Como sou um mulher democrática,a todos desprovidos dessa maravilhosa experiência,explanarei.


Aos 17
anos somos uma ameba insignificante para a sociedade,depois de nosso lindo e libidinoso encontro com o galã Johnny, caímos então na sarjeta de boates e bares baratos com nossos corpinhos enxutos e juvenis e assim,ficamos, na esperança de que quando alguém enfim tropece em nossas humilde silhuetas jogada nos note.

Aos 45
,deparamos com as rugas e a gravidade batendo a porta,peito e bumbum,o que nos resta? Aceitar? Se você for uma pobre talvez, se não, dá-lhe botox e então, só então, na sexta feira solitária que passa deitada na cama com o rosto inchado de toxinas lícitas, olha para quem sempre te aceitará com você é, o bom e velho bom de cama Johnny Walker, duas horas depois do encontro, você esta estatelada na cama.Desmaiada para só amanha.

Aos 78
anos,com netos que só querem dinheiro,com filhos que só querem dinheiro e com o plano de saúde que só quer dinheiro,desfalecida na cama depois de um dia sem fazer nada é aturdida com um barulho avalassador,do lado,é o seu marido.Aquele filho da puta ronca mais que seu carro da década de 80 e ao contrário do seu fusca lindo,é super econômico,pra não dizer esganado.Ele não presta,nem você.

Lembre-se, Johnny Walker estará lá.
Por isso mulher bem resolvida, não perca tempo escrevendo cartas de amor,músicas,amando e comprando bombons,Johnny Walker é o único homem que não precisa de nada e tem tudo a lhe oferecer.


Não estou bêbada.
Não faço apologia.
Não enche.