10 de julho de 2009

Tiro,Culatra e Poesias

Outro dia uma amiga me veio com uma pasta da grossura de um microondas e me pediu para que olhasse suas poesias, fiquei com vontade de me matar com um clipes antes de executar essa árdua tarefa, mas pensei : PELA AMIZADE!

Eu não gosto de poesia pô! não acho graça nem me identifico.
Acho horrorosa aquela maneira sublime de se falar ,falar ,falar e não dizer nada, e o pior! a gente ainda tem que entender! achar lindo e delirar! aah! me faça o favor!

Claro,tomei o devido cuidado de ler apenas as 3 primeiras, deveria ser as que ela de fato se orgulhava mais! ZAZ! acertei! A elogiei bastante,claro!esse era o seu objetivo ao me entregar aquele camalhaço de papel inútil.

Para que vocês não pensem que sou azeda,lembre-se : eu a elogiei até mesmo contra todos meus princípios.

Depois disso essa minha amiga sempre escrevia algumas 'coisinhas' (como ela modestamente chamava suas poesias) e jogava na minha cara para que eu desse uma olhada,eram sempre coisas de amor, desilusões amorosas pra ser mais certeira, toda aquela fala triste a amarga como o fel acabava com meu dia.

Um dia resolvi que escreveria algo bem desconexo,louco,sem sentido e redundante,foi assim que fiz minha primeira poesia.

Não me aguentei, corri tão quanto podia e deixei que a folha repousasse sobre o colo de minha amiga.
Ela leu,claro,sem entender bulhufas afinal,eu não havia dito nada com nada, ela olhou para mim,deu aquele sorrisão e disse : A-D-O-R-E-I !

Eu, sem entender direito agradeci..sai meio sem jeito da sala,meu propósito não era esse, mas eu adorei o elogio e pensei : Não é que levo jeito pra poesias?